O IV Encontro do Planejamento Estratégico da FFM foi marcado por uma atmosfera do filme "De Volta para o Futuro” e reflexões sobre sustentabilidade, transparência e governança. Reunindo cerca de 130 lideranças da Fundação e do Sistema Acadêmico de Saúde FMUSP-HC, a conferência resultou em novos projetos a serem desenvolvidos pela FFM ao longo de 2026 - além dos 45 já em andamento – consolidando uma gestão cada vez mais participativa. Para chegar a eles, os participantes foram imersos em dinâmicas técnicas e motivacionais que resultaram em doze projetos, um deles eleito como foco dos trabalhos no próximo ano.

"Na Fundação Faculdade de Medicina, nós caminhamos juntos, nos dedicamos a trocar experiência e trabalhamos para que a FMUSP e o Complexo HCFMUSP trabalhem de forma mais célere e mais segura”, afirmou Dr. Arnaldo Hossepian Junior, Diretor-Presidente, durante a solenidade abertura. 

Dra. Priscilla Perdicaris, Secretária-Executiva da Secretaria de Estado da Saúde, elogiou a iniciativa. "Quero parabenizar a Fundação Faculdade de Medicina porque vemos que vocês estão transformando tudo aquilo que é feito no planejamento em ações de maior eficiência, agilidade e maior qualidade no cuidado com o paciente”, afirmou. Ela participou da mesa de abertura representando o secretário Eleuses Paiva, membro do Conselho Consultivo da FFM. 

Também integraram a mesa solene o Prof. Dr. Paulo Manuel Pêgo Fernandes; Vice-Diretor da FMUSP, representando a Profa. Dra. Eloisa Bonfá, Diretora da FMUSP e Presidente do Conselho Curador da FFM; o Prof. Dr. Edivaldo Massazo Utiyama, Diretor Clínico do HCFMUSP; o Dr. Antonio José Rodrigues Pereira, Superintendente do HCFMUSP e membro dos Conselhos Deliberativo e Consultivo do HCFMUSP;  e o Prof. Dr. Giovanni Guido Cerri, Presidente da Comissão de Planejamento e Controle do HCFMUSP e membro dos Conselhos Curador e Consultivo da FFM.

O IV Encontro do Planejamento Estratégico foi o primeiro da série a contar com o selo Evento Neutro, por ter todas as suas emissões de carbono compensadas, além de ter todo lixo produzido separado e destinado a reciclagem. O kit recordação da conferência foi composto por caderno impresso em papel de reflorestamento, caneta ecológica de bambu e sacola em material 100% rPET (plástico reciclado), marcando um novo momento de aderência maior à pauta ESG e coincidindo com a realização da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP-30), que ocorre neste mês no Brasil. O fato foi lembrado pelo Dr. Felipe Neme, Diretor de Gestão Corporativa, durante a apresentação "Gestão 2025 e Perspectivas”, ao falar sobre o Comitê ESG instituído neste ano.

Entre os desafios apontados está o que foi classificado como "hiper judicialização” da saúde pela Conselheira do CNJ, Daiane Nogueira de Lira, que conduziu on-line a palestra "Perspectivas e Desafios do Acesso à Saúde e a Judicialização”. A Conselheira informou que até setembro de 2025, havia no judiciário brasileiro mais de 800 mil processos envolvendo questões da saúde. "Esse é o terceiro maior tema de litígio, atrás apenas de execuções fiscais e questões previdenciárias. Podemos dizer que existem mais ações judiciais em saúde do que médicos no Brasil, que são cerca de 600 mil pelos números do Conselho Federal de Medicina”, afirmou.

O direito à informação também foi um destaque do primeiro dia. Apenas com um microfone e conceitos fortes, o Prof. Dr. Eugênio Bucci, conduziu os participantes a uma reflexão a respeito da "Transparência e o Direito à Informação”. Jornalista, professor da ECA-USP e membro do Conselho Consultivo da FFM, ele defendeu que, se o poder emana do povo e em seu nome é exercido, a transparência só ocorre quando a Instituição conta como esse poder é aplicado. "Não é sobre o que a Instituição quer que o cidadão saiba, mas é uma verdadeira prestação de contas sobre o que ele tem o direito de saber”, explicou.

No segundo dia, Marina Spínola, Diretora de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Fundação Dom Cabral, questionou "Que futuro queremos construir hoje?”, trazendo reflexões sobre a demanda atual da sociedade de as organizações acolherem preocupações sociais, como violência, desigualdades e sustentabilidade. 

Para garantir que esses valores se reflitam no dia a dia da organização, a boa governança é fundamental. Por meio dela, a instituição torna transparente às partes interessadas e à sociedade em geral quais são suas bases, o que pensa e que tem condições de ser perene, conforme compartilhou Aline Guedes Klein, Gerente Sênior de Governança Corporativa da Natura, na palestra "Boas Práticas de Governança e Transparência”. "Para instituição como a FFM, vejo que a integridade é algo importante porque vocês estão prestando um serviço para a sociedade. Em seguida vem a transparência e comunicação com o mercado”, recomendou ao responder a um participante. 

O final do encontro foi marcado por uma dinâmica colaborativa envolvendo todos os participantes.

A Diretora de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Fundação Dom Cabral, Marina Spínola, propôs
o questionamento "Que futuro queremos construir hoje?”

A boa governança diz para a sociedade que a organização tem condições de ser perene, conforme explicou
a Gerente Sênior de Governança Corporativa da Natura, Aline Klein.

A sinergia envolveu os cerca de 130 participantes, dentre lideranças da FFM e do Sistema Acadêmico de Saúde
FMUSP-HC, no IV Encontro do Planejamento Estratégico da FFM.